
Quando iremos perceber o peso das nossas acções? Quando tomaremos consciência de que tudo o que dizemos e fazemos, simples e irrelevante que nos pareça, tem um reacção algures em alguém? Que esse alguém pode sentir? Que aquela simples piada de mau gosto pode desmoronar um universo precariamente equilibrado.
Vestimos a insensibilidade com a capa de um sorriso.
Falamos com pessoas que nunca vimos a 500 Km de distância enquanto o vizinho de cima se suicida porque não aguenta mais a solidão. Romantizamos personagens que não passam de brilhos no ecrã enquanto fugimos de pessoas porque têm três dimensões, são mais complexas e exigentes. Se calhar é por medo que o fazemos... Não sei.
Sei sim que os silêncios podem ser ensurdecedores, que as palavras não ditas são bem mais acutilantes do que as proferidas porque demonstram uma distância indiferente de quem se cala. Construimos castelos de ilusões nas muralhas do silêncio, depois cai a esperança com uma palavra.
Diz o poeta que o sonho comanda a vida, bem, a vida é feita de momentos e no momento em que se dissipam as ilusões, naquela inóqua palavra de sumptuosas repercussões, no gesto que nos trai, quando a mão vira e o jogo se mostra, aí o poeta está errado. Não é a vida que ele comanda, é o cair do crepúsculo. A futilidade de tentar viver o que queremos e não o que temos.
"Feliz do homem que não espera nada, pois nunca terá desilusões." Alexander Pope
Vestimos a insensibilidade com a capa de um sorriso.
Falamos com pessoas que nunca vimos a 500 Km de distância enquanto o vizinho de cima se suicida porque não aguenta mais a solidão. Romantizamos personagens que não passam de brilhos no ecrã enquanto fugimos de pessoas porque têm três dimensões, são mais complexas e exigentes. Se calhar é por medo que o fazemos... Não sei.
Sei sim que os silêncios podem ser ensurdecedores, que as palavras não ditas são bem mais acutilantes do que as proferidas porque demonstram uma distância indiferente de quem se cala. Construimos castelos de ilusões nas muralhas do silêncio, depois cai a esperança com uma palavra.
Diz o poeta que o sonho comanda a vida, bem, a vida é feita de momentos e no momento em que se dissipam as ilusões, naquela inóqua palavra de sumptuosas repercussões, no gesto que nos trai, quando a mão vira e o jogo se mostra, aí o poeta está errado. Não é a vida que ele comanda, é o cair do crepúsculo. A futilidade de tentar viver o que queremos e não o que temos.
"Feliz do homem que não espera nada, pois nunca terá desilusões." Alexander Pope
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