
Mas afinal o que é essa coisa? Esse bicho anónimo que já substitui o livre arbitrio, a capacidade de tomar decisões ponderadas, essa consciência colectiva que reflecte as nossas hipócritas cobardias. Tirando o "eu" da equação tira-se a responsabilidade da posição tomada. Assim é fácil e limpo. Pena é ser também cobarde, estúpido e apático.
Não conheço ninguém que seja abertamente contra a homossexualidade, conheço montes de gente que frequentam prostitutas, outros tantos que não suportam toxicodependentes, no entanto, a opinião pública sobre a homossexualidade é bem explícita, assim como sobre a prostituição, são ambos males a erradicar, pecados até. Os toxicodependentes recebem apoios e ajuda, nada contra, só quero focar a divergência entre as opiniões reais e fabricadas.
Muitas vezes dou por mim a sentir-me como a personagem principal das "Vinhas da Ira" de John Steinbeck "Digam-me quem me tirou as terras para que lhe possa partir a cara!". Mostrem-me esse animal mitológico chamado "sociedade" para lhe poder chamar idiota.
Recuso-me a ter as minhas opiniões impostas por um conceito geral. "Digam-me quem me tirou as terras...".
As máscaras que usámos para ir ao encontro do padrão socialmente aceitável são rídiculas, até porque, esse padrão, muitas e grosseiras vezes está errado. Porque hei-de abdicar do meu individualismo em nome de um conceito falhado? A sociedade está hipócrita, moralmente corrupta e sexualmente reprimida. Agora pergunto, vou-me eu fundir com algo que não concordo, uma sociedade dez anos atrasada face à realidade, e no processo apagar-me como ser individual? "Digam-me a quem partir a cara."
Lanço aqui o apelo de emborrachar o país inteiro, porque bêbadas as pessoas tendem a ser honestas, e encontrar aquelas que ninguém admite ser, os tais dotados de uma relação simbiótica com o social e parasitária com o mundo. E depois fuzilá-los...
Ou no mínimo forçá-los a passar sem pornografia, alcool, tabaco, mulheres, noitadas e demais farras. Ter sexo com a esposa, e só a esposa, na posição de missionário com a luz apagada e apenas quando houver intento de procriar. Ir à igreja todos os domingos e passar um dia inteiro com a Teresa Guilherme e a Júlia Pinheiro, esses fantásticos ídolos sociais representativos dos nossos dias.
Assim fuzilavam-se eles e nós tinhamos as mãos limpas.
Assim fuzilavam-se eles e nós tinhamos as mãos limpas.
Só uma ideia... Ou então "digam-me a quem partir a cara!".
vive-se uma nova idade média... continua a queimar-se na fogueira e as coisas não se resolvem... tlvz a solução passe por acender uma luzinha em cada um ,,, chamada consciencia!
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